Imigração descontrolada gera tensão em Castelo Branco: Moradores denunciam insegurança junto à rodoviária

Segundo relatos de moradores do prédio por cima do estabelecimento, é possível observar, diariamente, a saída de um elevado número de indivíduos, a residir no interior da barbearia. “Por volta das 07:30 horas da manhã saem todos de lá. Conto sempre cerca de 17 pessoas”, descreveu um residente local ao Diário Digital Castelo Branco, sob anonimato.

As preocupações não se limitam à sobrelotação do espaço. O mesmo morador afirmou que, por vezes, vários desses indivíduos permanecem na rua durante a noite, alegadamente devido a restrições de entrada no estabelecimento fora de determinado horário. “Penso que sejam as regras lá deles. Se não entram até certa hora, dormem mesmo ali à porta. E o pior é que fazem as necessidades na rua, à frente de toda a gente. É uma situação insustentável”, refere.

Para além das condições de habitabilidade, começam também a surgir queixas relacionadas com comportamentos considerados intimidatórios. “Às vezes, põem-se a perseguir raparigas que aqui passam. Uma vez segui um deles, só assim desistiu. Isto começa a ser um risco real para a segurança das pessoas”, desabafa o mesmo morador.

O tema da imigração, sobretudo quando associada a situações de precariedade habitacional e possível informalidade laboral, tem provocado divisões na comunidade albicastrense. Alguns apelam à tolerância e ao reforço das políticas de inclusão e fiscalização eficaz, enquanto outros exigem medidas urgentes para garantir a ordem e a segurança pública.

O Município de Castelo Branco ainda não se pronunciou oficialmente sobre este caso específico, mas a crescente tensão sugere que será necessário agir com equilíbrio: protegendo os direitos humanos dos imigrantes e, ao mesmo tempo, garantindo condições de salubridade, legalidade e tranquilidade para os residentes locais.