Autárquicas25: Liberais dizem estar na hora de “querer mais” para Castelo Branco

“O atual presidente diz que a obra que quer fazer não se faz em quatro anos, mas a verdade é que eles não estão na Câmara há quatro anos, mas sim há 28 anos. Como assim não houve tempo para fazer mais, se não saem de lá há quase 30 anos?”, questionou José Henriques.

O cabeça de lista da IL à Câmara de Castelo Branco discursava na sua primeira ação de campanha eleitoral que decorreu no Monte do Índio e que contou com a presença da líder do partido, Mariana Leitão.

“Em Castelo Branco, somos governados há quase três décadas pelo mesmo partido, o Partido Socialista, que deixou a cidade e concelho na encruzilhada a que chegámos hoje”, disse.

José Henriques também não poupou críticas à coligação PSD/CDS-PP, que tem o apoio do Sempre – Movimento Independente.

“Temos o PSD coligado com o CDS e com o movimento independente Sempre, que são, no fundo, os dissidentes do PS local e que escolheram para cabeça de lista à Câmara Municipal e para mandatário das listas os dois ex-presidentes de câmara do PS”, sustentou.

Para o candidato da IL, “nestas eleições estão aqueles que são os dois únicos partidos que lideraram a Câmara” desde o 25 de Abril.

“Não está já na altura de mudar? Não está já na altura de darmos a oportunidade a outras pessoas, a outros projetos, a outras ideias?”, questionou.

José Henriques disse que chegou a altura de querer mais para o concelho de Castelo Branco, de exigir mais de quem o governa e de acabar com os “despesismos exagerados”.

“Está na hora de acelerar Castelo Branco e a única força política capaz de ter essa coragem, essa audácia, essa vontade, é a Iniciativa Liberal”.

Dos “inúmeros problemas” que o concelho de Castelo Branco tem, o candidato da IL disse que o principal “é o problema dos salários baixos”.

“Castelo Branco, ainda hoje conhecida como a capital dos ‘call centers’, apostou desde muito cedo numa política errada de salários baixos, de empregos precários e mal pagos, de pouca ou nenhuma aposta em qualificação. Hoje, somos um deserto em áreas como inovação, novas tecnologias ou inteligência artificial, mesmo dentro do interior”, sustentou.

Neste âmbito, definiu como o primeiro grande compromisso da IL gerar condições para que se criem em Castelo Branco 500 novos postos de trabalho qualificado.

“Estamos a falar de menos de 1% da população do concelho, um objetivo difícil, sim, mas claro, mensurável e alcançável nos próximos quatro anos”.

Segundo José Henriques, a burocracia é também um enorme obstáculo à criação de empresas ou de projetos no concelho.

“A Câmara Municipal, fazendo, fazendo jus à sua condição de um dos maiores empregadores de Castelo Branco, complica em vez de facilitar, questiona em vez de responder, atrasa em vez de acelerar. E esse imposto escondido, que é a burocracia autárquica, vai lentamente atrasando o desenvolvimento, impedindo que Castelo Branco entre em definitivo na era digital e das novas tecnologias”, sublinhou.

A candidatura da IL defende que a autarquia deve ser “o polo acelerador dessa mudança, o catalisador da atratividade do concelho, o motor do desenvolvimento da região”.

Nas eleições autárquicas de 2021, o PS obteve três mandatos, os mesmos que o movimento Sempre, liderado pelo ex-presidente do município, Luís Correia, e o PSD elegeu um vereador, João Belém.